Diante da importância da mamografia para a redução da mortalidade por câncer de mama e das dúvidas sobre o efeito da radiação sobre a glândula Tireoide, esclarecemos:
- Estudos científicos atualizados mostram que a tireoide não sofre radiação nociva durante a realização da mamografia;
- A última publicação da Agência Nacional de Energia Atômica referente ao uso de protetores em mamografia, extraída do documento Qualify Assurance Programme for Digital Mammography – Human Health Series n⁰. 17, página 139, diz que:
Na mamografia moderna há uma exposição insignificante para outros locais sensíveis à radiação que não seja a mama. O principal valor da utilização do vestuário de proteção contra radiações é psicológico.
Tal vestuário só deve ser fornecido a pedido da paciente. O vestuário não deve ser exposto na sala de exame, pois isso pode sugerir que seu uso é uma prática necessária, o que não é o caso.
Cálculos científicos e medidas técnicas mostram que a quantidade de radiação atingindo os ovários é ainda menor, devido à atenuação pela bandeja de suporte da mama e pelo tecido sobrejacente. Virtualmente, todo o feixe de Raios-X é bloqueado pela mama e a bandeja de suporte da mama existente no mamógrafo e somente uma insignificante fração dos raios dispersos atinge outras partes do corpo humano.
A dose calculada para a tireoide em um exame de 4 incidências é menor do que 0,03 mGy; isso é cerca de 1% da dose que seria recebida pela mama durante o exame e é igual à dose que seria recebida pela tireoide por três dias, em média, da irradiação natural, ambiente, da terra.
Portanto, de acordo com a Agência Internacional de Energia Atômica, o uso do protetor de tireoide durante a realização de exames de mamografia não é recomendado na rotina, estando disponível apenas para o caso de que alguma paciente o solicite.
É importante esclarecer que a utilização dos protetores pode, inclusive, atrapalhar o exame, pois se não for bem colocado na paciente, pode ocasionar superposição de imagem, exigindo repetição do exame.
